O infarto do miocárdio, mais conhecido como ataque cardíaco, é uma emergência médica grave causada pela interrupção repentina do fluxo de sangue para o músculo do coração. Essa obstrução, geralmente provocada pelo acúmulo de placas de gordura ou pela formação de coágulos nas artérias coronárias, exige resposta imediata para evitar sequelas graves ou até mesmo a morte.
Entre os sintomas mais comuns estão a dor no peito, que pode irradiar para o braço esquerdo e a mandíbula, além de suor frio, palidez, falta de ar, náuseas, vômitos, tontura, palpitações e sensação de desmaio. Em muitos casos, esses sinais podem surgir dias antes do infarto, funcionando como um importante alerta para que a pessoa procure atendimento médico o quanto antes.
Ao perceber os sinais de infarto, a orientação é acionar imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), pelo número 192, ou a equipe de RESGATE do Corpo de Bombeiros, pelo número 193. Se a pessoa estiver consciente, é importante afrouxar suas roupas, mantê-la em repouso e evitar qualquer esforço físico. Não se deve oferecer comida ou bebida. Caso você seja a vítima, não tente dirigir e peça ajuda imediatamente.
Se, antes da chegada da equipe de emergência, a vítima perder a consciência e parar de respirar, será necessário iniciar as manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP). A cada minuto sem socorro, a chance de sobrevivência cai entre 7% e 10%, o que reforça a importância do atendimento imediato.
A recomendação atual para pessoas sem treinamento em primeiros socorros é não realizar a respiração boca a boca. Além do risco de aplicar a técnica de forma incorreta, o procedimento pode causar contaminações cruzadas, aumentando a exposição a doenças infecciosas, como tuberculose, hepatites e viroses respiratórias.
As compressões torácicas contínuas e bem aplicadas são suficientes para manter a circulação sanguínea mínima e aumentam significativamente as chances de sobrevivência da vítima até a chegada do socorro especializado.
Em emergências, a prioridade é proteger a vida com segurança, tanto da vítima quanto de quem presta o atendimento.
Confira abaixo os procedimentos corretos para realizar a RCP até a chegada do socorro:
Procedimentos para realizar a Reanimação Cardiopulmonar (RCP)
1. Verifique a situação da vítima e do ambiente:
- Certifique-se de que o local é seguro.
- Deite a vítima de costas em uma superfície firme.
- Alinhe o corpo com braços e pernas esticados.
- Estimule a vítima com toques e comandos verbais.
- Observe se há movimentos respiratórios.
- Verifique a presença de pulso por 5 a 10 segundos.
- Em adultos e crianças, utilize a artéria carótida (pescoço).
- Em bebês, a checagem deve ser feita pela artéria braquial, localizada na parte interna do braço, entre o ombro e o cotovelo.
- Encontre o centro do tórax, na linha entre os mamilos.
- Posicione a base da mão dominante sobre o esterno.
- Coloque a outra mão sobre a primeira, dedos entrelaçados.
- Mantenha os braços esticados e use o peso do corpo.
- Realize de 100 a 120 compressões por minuto.
- A profundidade deve ser entre 5 e 6 centímetros.
- Deixe o tórax retornar à posição original após cada compressão, sem tirar as mãos.
- Use apenas uma mão para crianças pequenas.
- Em bebês, utilize dois dedos.
- Reduza a profundidade para 4 a 5 centímetros.
- Mantenha o mesmo ritmo: 100 a 120 compressões por minuto.
- Não interrompa as manobras.
- Ao chegarem, os profissionais assumem o atendimento.
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