A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira, de 61 anos, voltou a proferir ofensas homofóbicas contra três homens no condomínio onde mora, em Higienópolis, região central de São Paulo. O novo ataque aconteceu nesta segunda-feira, 16 de junho, apenas dois dias após ela ter sido presa por homofobia em um shopping da cidade.
Segundo as vítimas, o caso mais recente ocorreu no saguão do prédio, onde Adriana iniciou uma série de xingamentos e comentários pejorativos, fazendo insinuações sobre a vida íntima dos três homens. As agressões foram registradas em vídeo. Nele, a jornalista aparece chamando os moradores de “boiolas”, “boiolas depiladas” e “gaiola das loucas”, em alusão ao filme com temática LGBTQIA+ dirigido por Mike Nichols. Ela ainda continua os insultos dizendo que os três mantêm relações “a noite inteira”.
A Polícia Militar foi acionada e conduziu a jornalista até a delegacia, onde ela prestou novo depoimento e foi liberada. Adriana já havia sido presa no sábado, 14 de junho, após chamar um homem de 39 anos de “bicha nojenta” dentro do shopping Iguatemi. No dia seguinte, 15 de junho, durante a audiência de custódia, a Justiça concedeu liberdade provisória, mas com imposição de medidas cautelares.
Entre as determinações judiciais estão o comparecimento mensal em juízo para informar e justificar suas atividades, a obrigação de manter o endereço atualizado, a proibição de frequentar o shopping onde ocorreu a primeira agressão e a restrição de se ausentar da Comarca por mais de oito dias sem comunicação prévia ao Judiciário.
Mesmo sob essas condições, a reincidência das agressões homofóbicas reacendeu o alerta entre os moradores do condomínio e mobilizou novamente as autoridades.
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