Convulsão atinge até 10% da população mundial e saber como proceder diante desta situação pode salvar vidas

 

Foto: Ilustrativa

Cerca de 8 a 10% da população mundial terá pelo menos uma crise convulsiva ao longo da vida. Apesar disso, apenas 1% dos casos estão relacionados à epilepsia. A falta de conhecimento sobre como agir nesses momentos pode colocar vidas em risco, principalmente devido a práticas erradas que comprometem a respiração da vítima.

A convulsão é provocada por uma atividade elétrica anormal no cérebro, gerando sinais involuntários como perda de consciência, tremores, salivação excessiva e até liberação dos esfíncteres. Quando não há preparo para o atendimento imediato, o quadro pode evoluir para parada cardiorrespiratória.

As crises convulsivas são classificadas em focais e generalizadas.

Nas focais, a atividade elétrica atinge apenas um hemisfério cerebral, e a consciência pode ser preservada. A vítima pode relatar alucinações, sensações estranhas e alterações motoras. Já nas generalizadas, o comprometimento é total: o corpo inteiro se move de forma descontrolada, a pessoa perde a consciência e pode apresentar cianose nos lábios, sudorese e ranger de dentes.

Entre os tipos de convulsão generalizada, destaca-se a crise de ausência, que dura de 10 a 30 segundos. A vítima parece "desligada" e não responde a estímulos, retornando ao estado normal logo em seguida. Esse tipo de crise é mais comum em crianças e adolescentes.

É mito acreditar que toda convulsão é epilepsia. Convulsões podem ser causadas por condições como hipoglicemia, hipocalemia e diabetes mal controlado. Já a epilepsia é uma doença neurológica crônica, com crises recorrentes e originadas por distúrbios nos neurônios, principalmente nos lobos temporais.

Os principais sinais de uma crise convulsiva incluem:

  • Queda súbita sem reflexos de proteção;
  • Perda de consciência;
  • Pupilas dilatadas;
  • Salivação excessiva;
  • Movimentos involuntários dos membros;
  • Trismo e ranger de dentes;
  • Olhar fixo ou olhos revirados;
  • Suor intenso;
  • Incontinência urinária ou fecal.
Veja como agir corretamente:
  • Impedir que a vítima caia bruscamente;
  • Acomodá-la no chão com apoio sob a cabeça;
  • Afastar objetos perigosos e afrouxar roupas;
  • Retirar acessórios que possam causar ferimentos;
  • Virar a cabeça da vítima de lado para evitar aspiração de saliva ou vômito;
  • Acionar imediatamente o SAMU pelo 192 ou RESGATE do Corpo de Bombeiros pelo 193;
  • Após a crise, manter a vítima deitada até a recuperação completa da consciência.
O que não fazer:
  • Não tente conter os movimentos involuntários;
  • Nunca coloque a mão ou qualquer objeto na boca da vítima;
  • Não jogue água nem ofereça líquidos durante a crise.
Muitos atendimentos de emergência envolvem crises convulsivas, sendo que 25% correspondem à primeira ocorrência. Saber agir corretamente nesses momentos pode ser a diferença entre a vida e a morte.

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