Empresário de Mirandópolis é preso no RS por fraude milionária com casa de apostas

 

Foto: Divulgação

A Polícia Civil prendeu nesta quinta-feira, 29 de maio, em Canoas, no Rio Grande do Sul, um empresário de Mirandópolis, interior de São Paulo, suspeito de liderar um esquema fraudulento por meio de uma casa de apostas esportivas. Foragido desde 29 de junho de 2024, o homem é acusado de enganar investidores com promessas de lucros semanais fixos de até 12%, fugindo com o dinheiro de clientes. Pelo menos 13 pessoas já foram identificadas como vítimas, com prejuízo superior a R$ 540 mil.

O golpe começou a tomar forma em novembro de 2023, quando o empresário abriu uma suposta plataforma de apostas esportivas e passou a oferecer aos interessados retornos fixos altamente atrativos, prometendo a devolução integral dos valores aplicados somados a juros semanais de dois dígitos. A proposta, apresentada como uma oportunidade segura e rentável, logo atraiu a atenção de dezenas de investidores da região de Mirandópolis e Birigui, municípios do interior paulista.

Contudo, o cenário mudou drasticamente em junho de 2024, quando o empresário desapareceu subitamente, deixando de prestar qualquer esclarecimento aos aplicadores e encerrando os canais de contato vinculados à operação. A primeira denúncia formal foi registrada em julho do mesmo ano, dando início a uma investigação conduzida pela Polícia Civil que rapidamente identificou indícios claros de fraude e irregularidades na condução do negócio.

Com base nos elementos apurados, a polícia concluiu que a estrutura montada pelo suspeito funcionava como uma pirâmide financeira, utilizando a fachada de casa de apostas para captar recursos com promessas irreais de lucro. Segundo os investigadores, a operação envolvia práticas típicas de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, com movimentações financeiras incompatíveis com a atividade declarada.

A prisão em Canoas foi resultado de um trabalho conjunto entre as delegacias de Mirandópolis e Lavínia, que também cumpriram seis mandados de busca e apreensão nos municípios paulistas de Mirandópolis e Birigui. As diligências visaram localizar documentos, equipamentos e possíveis provas que reforcem a conexão do empresário com o esquema e revelem a identidade de eventuais cúmplices ainda não identificados.

Até o momento, as autoridades contabilizam pelo menos 13 vítimas diretamente lesadas, mas não descartam a possibilidade de que o número real de envolvidos seja consideravelmente maior. As investigações continuam em andamento, com foco na identificação de outros participantes da operação criminosa e na localização de recursos desviados.

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