Corpos estão aguardando por mais de 10 horas para liberação no Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) de São Paulo, causando preocupação entre os funcionários. A situação, que já ocorre desde 2024, é atribuída a problemas na estrutura e à falta de profissionais.
Segundo relatos, corpos chegam a ser deixados por horas dentro de veículos e até empilhados em macas devido à falta de espaço e equipamentos adequados. O SVO é responsável por determinar a causa da morte em casos de óbito natural, sem suspeita de violência.
A rotina do SVO, que antes era dividida em três turnos, agora está concentrada em apenas dois, interrompendo o atendimento noturno. Isso tem levado ao acúmulo de corpos durante a madrugada, que só são processados no dia seguinte.
A Universidade de São Paulo (USP), responsável pelo serviço, afirma que o tempo de liberação pode variar e que a demanda noturna é pequena. A universidade também informou que conta com 68 colaboradores e que existem três processos de contratação em andamento. A USP ressaltou que o empilhamento de corpos não faz parte dos protocolos.
Entre 2023 e 2024, o número de necropsias realizadas no SVO aumentou em 10,99%.
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